Apesar de acreditar que devemos evitar o uso de fármacos ao máximo, não posso negar que em alguns casos eles podem salvar vidas. Além disso, ao interferir na dieta de um paciente é fundamental sabermos como funciona a interação dos alimentos com os medicamentos que utilizam. Encontrei um texto excelente sobre a interação fármaco/nutriente e resolvi compartilhar aqui no blog. Boa Leitura!
O que devo saber sobre o medicamento do meu paciente?
Autora: Iara Waitzberg Lewinski
É importante saber que os medicamentos sofrem interação com os nutrientes. Por isso, algumas drogas não devem ser consumidas juntamente com alimentos, pois isto pode diminuir sua absorção e utilização pelo organismo humano. Já outros medicamentos têm indicação para serem administrados junto com a comida, para evitar, por exemplo, a irritação do estômago. Estas informações são importantes para a programação da dietoterapia de um paciente. Dessa maneira, é interessante que o nutricionista saiba onde age cada tipo de droga e como elas podem interagir com a alimentação.
Os analgésicos, como a aspirina, são drogas para aliviar dores. Este tipo de droga geralmente causa irritação de estômago, portanto sugere-se que sejam ingeridos com a comida.
Os antiácidos neutralizam a acidez estomacal. O uso desta droga por longo período de tempo pode levar a deficiência de alguns nutrientes, pois a acidez do estômago é importante para a digestão e/ou absorção de alguns nutrientes. Os idosos produzem menos ácido estomacal, o que leva a menor absorção de vitamina B12 e o uso regular de antiácidos reduz ainda mais a absorção desta vitamina. A suplementação de vitamina B12 pode ser necessária nesses casos.
Os antibióticos são usados para tratar infecções bacterianas e alguns deles diminuem a síntese de vitamina K pelas bactérias normalmente encontradas na flora intestinal. Os do tipo tetraciclina, se consumidos junto com leite e derivados, se ligam ao cálcio e podem ser menos absorvidos. A penicilina e a eritromicina são mais efetivas quanto ingeridas com o estômago vazio, entretanto, a comida pode diminuir as chances de irritação do estômago. Por isso, o médico sempre deve ser consultado para decidir se o antibiótico será ingerido com ou sem alimentos.
Os anticoagulantes, como a varfarina, diminuem o processo de coagulação sanguínea e sofrem interferência com a vitamina K. Portanto, indivíduos que estão sob tratamento com essas drogas devem ficar atentos à quantidade de vitamina K que ingerem através da alimentação. É importante que alimentos ricos em vitamina K, como fígado e vegetais de cor verde-escura (brócolis, espinafre, entre outros) sejam evitados.
As drogas anticonvulsivantes ajudam a controlar crises de convulsão. As do tipo fenitoína, fenobarbital e primidone podem causar diarréia e diminuição do apetite e, consequentemente, diminuir a disponibilidade de vários nutrientes. Estas drogas também aumentam a utilização da vitamina D pelo organismo humano, o que significa que menos vitamina D fica disponível para as funções orgânicas (como absorção do cálcio) e a suplementação pode ser necessária. Alguns anticonvulsivantes também interagem com a vitamina B e ácido fólico, diminuindo a quantidade circulante destas vitaminas. Mas, como os suplementos de ácido fólico afetam os níveis sanguíneos da droga, a suplementação deve ser supervisionada por um médico.
Os anti-histamínicos são usados para tratar alergias. Muitas destas drogas costumam causar sonolência (principalmente se associadas ao álcool) e aumentar o apetite, o que pode levar ao aumento de peso.
Os antiinflamatórios são prescritos a pacientes com dores crônicas nas juntas, dores de cabeça, artrites, entre outros. O uso em longo prazo pode causar irritação estomacal e úlceras, por isso esta medicação deve ser ingerida com a comida.
As drogas para reduzir a pressão sanguínea, os anti-hipertensivos, podem alterar os níveis de alguns minerais, como potássio, cálcio e zinco. Pacientes diabéticos que estão sob tratamento com anti-hipertensivos podem ter maior dificuldade para controlar a glicemia.
As drogas antineoplásicas são utilizadas para tratar diferentes tipos de câncer. Por irritarem a mucosa da boca, do estômago e do intestino, estas drogas frequentemente causam náuseas, vômitos e/ou diarréia, sintomas que afetam o estado nutricional.
Os diuréticos fazem com que o organismo humano aumente a excreção de urina, por isso são frequentemente utilizados para tratar pessoas com hipertensão e retenção hídrica. Porém, alguns diuréticos aumentam a perda de potássio, magnésio e cálcio pela urina, outros limitam a perda de minerais. Neste último caso, a suplementação mineral deve ser evitada.
Os laxantes aumentam a velocidade da digestão e reduzem o tempo de absorção de nutrientes. O uso excessivo de laxantes pode causar a depleção de vitaminas e minerais e aumentar as perdas hídricas, podendo levar à desidratação.
As drogas anti-hiperlipidêmicas reduzem os níveis sanguíneos de colesterol. Algumas dessas drogas diminuem a absorção das vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), vitamina B12, ácido fólico e cálcio. Se utilizadas por longos períodos, a suplementação com cálcio e multivitamínicos pode ser necessária.
Algumas das drogas para saúde mental (que tratam depressão, ansiedade, entre outros) podem causar aumento ou diminuição do apetite, tendo impacto no estado nutricional do paciente. O álcool deve ser evitado junto com este tratamento medicamentoso, pois pode intensificar a sonolência causada pela droga. Algumas dessas drogas são inibidoras da MAO (enzima monoamina oxidase) e diminuem a utilização de compostos chamados monoaminas pelo corpo humano. Os inibidores da MAO também podem reagir com a tiramina (uma monoamina) encontrada em certos alimentos (principalmente alimentos “envelhecidos” e fermentados, como alguns queijos, extrato de malte, arenque em conserva, favas e alguns vinhos). Esta reação pode causar um aumento importante na pressão sanguínea e, se não for tratado, pode levar o indivíduo a óbito.
Os analgésicos, como a aspirina, são drogas para aliviar dores. Este tipo de droga geralmente causa irritação de estômago, portanto sugere-se que sejam ingeridos com a comida.
Os antiácidos neutralizam a acidez estomacal. O uso desta droga por longo período de tempo pode levar a deficiência de alguns nutrientes, pois a acidez do estômago é importante para a digestão e/ou absorção de alguns nutrientes. Os idosos produzem menos ácido estomacal, o que leva a menor absorção de vitamina B12 e o uso regular de antiácidos reduz ainda mais a absorção desta vitamina. A suplementação de vitamina B12 pode ser necessária nesses casos.
Os antibióticos são usados para tratar infecções bacterianas e alguns deles diminuem a síntese de vitamina K pelas bactérias normalmente encontradas na flora intestinal. Os do tipo tetraciclina, se consumidos junto com leite e derivados, se ligam ao cálcio e podem ser menos absorvidos. A penicilina e a eritromicina são mais efetivas quanto ingeridas com o estômago vazio, entretanto, a comida pode diminuir as chances de irritação do estômago. Por isso, o médico sempre deve ser consultado para decidir se o antibiótico será ingerido com ou sem alimentos.
Os anticoagulantes, como a varfarina, diminuem o processo de coagulação sanguínea e sofrem interferência com a vitamina K. Portanto, indivíduos que estão sob tratamento com essas drogas devem ficar atentos à quantidade de vitamina K que ingerem através da alimentação. É importante que alimentos ricos em vitamina K, como fígado e vegetais de cor verde-escura (brócolis, espinafre, entre outros) sejam evitados.
As drogas anticonvulsivantes ajudam a controlar crises de convulsão. As do tipo fenitoína, fenobarbital e primidone podem causar diarréia e diminuição do apetite e, consequentemente, diminuir a disponibilidade de vários nutrientes. Estas drogas também aumentam a utilização da vitamina D pelo organismo humano, o que significa que menos vitamina D fica disponível para as funções orgânicas (como absorção do cálcio) e a suplementação pode ser necessária. Alguns anticonvulsivantes também interagem com a vitamina B e ácido fólico, diminuindo a quantidade circulante destas vitaminas. Mas, como os suplementos de ácido fólico afetam os níveis sanguíneos da droga, a suplementação deve ser supervisionada por um médico.
Os anti-histamínicos são usados para tratar alergias. Muitas destas drogas costumam causar sonolência (principalmente se associadas ao álcool) e aumentar o apetite, o que pode levar ao aumento de peso.
Os antiinflamatórios são prescritos a pacientes com dores crônicas nas juntas, dores de cabeça, artrites, entre outros. O uso em longo prazo pode causar irritação estomacal e úlceras, por isso esta medicação deve ser ingerida com a comida.
As drogas para reduzir a pressão sanguínea, os anti-hipertensivos, podem alterar os níveis de alguns minerais, como potássio, cálcio e zinco. Pacientes diabéticos que estão sob tratamento com anti-hipertensivos podem ter maior dificuldade para controlar a glicemia.
As drogas antineoplásicas são utilizadas para tratar diferentes tipos de câncer. Por irritarem a mucosa da boca, do estômago e do intestino, estas drogas frequentemente causam náuseas, vômitos e/ou diarréia, sintomas que afetam o estado nutricional.
Os diuréticos fazem com que o organismo humano aumente a excreção de urina, por isso são frequentemente utilizados para tratar pessoas com hipertensão e retenção hídrica. Porém, alguns diuréticos aumentam a perda de potássio, magnésio e cálcio pela urina, outros limitam a perda de minerais. Neste último caso, a suplementação mineral deve ser evitada.
Os laxantes aumentam a velocidade da digestão e reduzem o tempo de absorção de nutrientes. O uso excessivo de laxantes pode causar a depleção de vitaminas e minerais e aumentar as perdas hídricas, podendo levar à desidratação.
As drogas anti-hiperlipidêmicas reduzem os níveis sanguíneos de colesterol. Algumas dessas drogas diminuem a absorção das vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), vitamina B12, ácido fólico e cálcio. Se utilizadas por longos períodos, a suplementação com cálcio e multivitamínicos pode ser necessária.
Algumas das drogas para saúde mental (que tratam depressão, ansiedade, entre outros) podem causar aumento ou diminuição do apetite, tendo impacto no estado nutricional do paciente. O álcool deve ser evitado junto com este tratamento medicamentoso, pois pode intensificar a sonolência causada pela droga. Algumas dessas drogas são inibidoras da MAO (enzima monoamina oxidase) e diminuem a utilização de compostos chamados monoaminas pelo corpo humano. Os inibidores da MAO também podem reagir com a tiramina (uma monoamina) encontrada em certos alimentos (principalmente alimentos “envelhecidos” e fermentados, como alguns queijos, extrato de malte, arenque em conserva, favas e alguns vinhos). Esta reação pode causar um aumento importante na pressão sanguínea e, se não for tratado, pode levar o indivíduo a óbito.
Referência:
University of Florida. Food/Drug and Drug/Nutrient Interactions: what you should know about your medications. Disponível em: http://edis.ifas.ufl.edu/pdffiles/HE/HE77600.pdf. Acessado em: 27/07/2010.
Vou acrescentar a esta lista a interação entre o etanol e o paracetamol. Eles competem pelo mesmo receptor no fígado, logo, o paracetamol se torna tóxico (não consegue se ligar aos seus receptores) ao ser ingerido após a ingestão de bebidas alcoólicas. Resumindo: O uso de paracetamol não é recomendado para quem está de ressaca!
Vou acrescentar a esta lista a interação entre o etanol e o paracetamol. Eles competem pelo mesmo receptor no fígado, logo, o paracetamol se torna tóxico (não consegue se ligar aos seus receptores) ao ser ingerido após a ingestão de bebidas alcoólicas. Resumindo: O uso de paracetamol não é recomendado para quem está de ressaca!
Nenhum comentário:
Postar um comentário