sexta-feira, 29 de junho de 2012

Entrevista: Adriana Lacerda (Teté)



Mudar hábitos alimentares não é nada fácil. Pensando nisso, resolvi compartilhar depoimentos de outras pessoas aqui no blog, pois acredito que exemplos servem como ótimos estímulos.

A entrevistada de hoje é a blogueira Adriana Lacerda, do site: www.escapismogenuino.com.br. Mais conhecida como Teté, esta taurina é uma viajante insaciável, apaixonada por uma boa gastronomia. Com apenas 29 anos, tem 43 países no seu currículo e já fez 12 mudanças. Não é de espantar que um pecado frequente em sua vida seja o da gula e que os cuidados com a balança sejam constantes.

Não precisa viajar muito para saber que manter um estilo de vida saudável e controlar o peso, saindo frequentemente da rotina e tendo muitos estímulos a conhecer sabores novos é uma tarefa bem complicada. Se você já se viu nessa situação, saiba que não está sozinha: aprenda um pouco mais com as dicas de quem é escolada no assunto. Boa Leitura!

Qual é o seu maior pecado gastronômico?
Muitas coisas, mas normalmente esses “pecados” acontecem comendo fora em restaurantes ou experimentando novos pratos durante viagens.

Qual a comida mais exótica que já provou? Onde foi?
Sushi de cavalo, sushi de baleia, baiacu (venenoso), todos no Japão.

Qual o seu prato/comida saudável predileto/a?
Quinoa

Pratica atividades físicas? Qual?
Corridas e caminhadas

Tem gente que quando viaja desregula a função intestinal. Com a frequência com que viaja isso seria um desconforto e tanto para você. Já teve algum problema desse gênero? Tem alguma dica?
Já tive, várias vezes. Minha dica é comer mamão e linhaça dourada.

Alimentação em viagens é sempre passageira e fácil de adaptar, por mais exótica que seja. E em suas mudanças? Teve alguma adaptação difícil?
Tive, na Espanha conseguia comprar comida orgânica e natural a preços acessíveis, quando me mudei, tive dificuldade de achar esses ingredientes e quando achava era a preços proibitivos.
Aqui no Brasil encontro, mas a preços bem altos.

Dificuldade de encontrar ingredientes legais, por exemplo?
Alguns ingredientes asiáticos como algas.
DICA (Para quem também tem dificuldade em comprar algas e produtos asiáticos): Tenho comprado muito pela internet em sites como o da Asia Shop, resolveu muitos dos meus problemas com grande comodidade!

Saudade absurda de alguma comida (nível: desejo de grávida)?
Não, me adapto a o que tenho, ao que encontro onde vivo. Posso sentir saudade de alguma comida que tinha fácil acesso em outro país, mas nunca é um desejo assim tão forte. Sempre encontro coisas gostosas aonde estou.

Qual e como foi a sua pior experiência gastronômica em viagens?
No Japão comendo nato – feijão fermentado, ou seja, quase podre. É horrível.

Roda o mundo e chega sempre à conclusão que nada como o tempero da casa da mamãe (que por sinal, soube que manda muito bem na cozinha)?
Rodo o mundo e chego a conclusão que nada como uma “comida de panela”, comida caseira, feita com carinho, com a preocupação com a saúde. Mas minha mãe cozinha muito bem sim!

Alguma culinária predileta ou é muito difícil escolher? Baiana, japonesa, italiana, francesa, espanhola...?
Adoro todas, tudo tem seu momento. Adoro a tailandesa e a indiana, mas curry todo dia não dá. A francesa tem muita manteiga, também não é saudável para comer sempre. Na minha opinião, a melhor culinária das Américas é a Peruana, da Ásia é a tailandesa e da Europa, a espanhola. Mas pra comer no dia a dia, gosto de uma boa salada, verduras e grãos, tudo bem saudável.

E na cozinha? Alguma especialidade? Topa dividir uma receita bacana?
Cozinho de tudo um pouco. O risoto de abóbora e peixe com curry e banana são bem elogiados. Não sou muito de seguir receitas, é quase tudo no improviso, mas quando encontro uma receita, muitas vezes adapto com ingredientes mais saudáveis, como arroz integral e sem manteiga.
Risoto de abóbora:
Douro cebola e alho com muito pouco azeite.
Cozinho a abóbora em pedaços com água e especiarias: curry, páprica, cardamomo, canela, cominho, gengibre fresco sal e pimenta.
Jogo o arroz integral.
Vou regando com água temperada.
Depois coloco parmesão ralado na hora em cima.

Você passou um período de sua vida seguindo uma dieta vegetariana, algum motivo específico?
Pela saúde. Li bastante sobre os efeitos nocivos de comer carne.

Acredita que a paixão por viagens e gastronomia tenha interferido no retorno aos hábitos onívoros?
Muito. Viajando bastante, comendo na casa das pessoas, é difícil seguir. Muitas culturas (inclusive a nossa) não servem opções vegetarianas.

Como foi o seu retorno ao mundo das carnes? Sentiu alguma diferença?
Hoje em dia como pouca carne no meu dia a dia. Como peixe com regularidade. Carne vermelha só em alguns restaurantes mais gourmet ou se estiver em alguma experiência gastronômica em um país, como comer cordeiro no Egito – é uma experiência. Acho que a diferença você percebe não só tirando a carne, mas também farináceos e o álcool. O interessante é o que faz parte da regra e da exceção. Quando carne e álcool não fazem parte do dia a dia, só nos finais de semana, já ameniza.

Se tivesse que escolher entre ter um personal chef em casa ou uma massagista à disposição, qual seria sua opção? Por quê?
Personal chef, porque priorizo o equilíbrio dos alimentos. Posso substituir a massagem com uma caminhada, uma leitura.

Qual sua relação com bebidas alcoolicas? E as preferências?
Adoro cerveja e vinho. Principalmente cervejas artesanais e especiais, as quais tenho lido e aprendido bastante. Adoro vinho com uma comida especial. Mas não fazem parte da rotina durante a semana, são para programas nos finais de semana. Seria difícil abrir mão totalmente dessas bebidas, pois sou apreciadora de ambas.

Qual o peso que elas têm em sua vida social?
Tem um peso grande, pois minha vida social (nos finais de semana) normalmente é sair para comer, ou fazer jantares com amigos na casa de alguém. Ou seja, quase todo final de semana estou bebendo cerveja ou vinho. Sonho em fazer um período de desintoxicação. 


Um comentário:

  1. Muito boa entrevista! Adorei a ideia, Camila! =D Amo seu blog! Beijao

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