Mudar hábitos alimentares não é nada fácil. Pensando
nisso, resolvi compartilhar depoimentos de outras pessoas aqui no blog, pois
acredito que exemplos servem como ótimos estímulos.
A entrevistada de hoje é a blogueira Adriana Lacerda,
do site: www.escapismogenuino.com.br.
Mais conhecida como Teté, esta taurina é uma viajante insaciável, apaixonada
por uma boa gastronomia. Com apenas 29 anos, tem 43 países no seu currículo e
já fez 12 mudanças. Não é de espantar que um pecado frequente em sua vida seja
o da gula e que os cuidados com a balança sejam constantes.
Não precisa viajar muito para saber que manter um
estilo de vida saudável e controlar o peso, saindo frequentemente da rotina e
tendo muitos estímulos a conhecer sabores novos é uma tarefa bem complicada. Se
você já se viu nessa situação, saiba que não está sozinha: aprenda um pouco
mais com as dicas de quem é escolada no assunto. Boa Leitura!
Qual é o seu maior pecado gastronômico?
Muitas coisas,
mas normalmente esses “pecados” acontecem comendo fora em restaurantes ou
experimentando novos pratos durante viagens.
Qual a comida
mais exótica que já provou? Onde foi?
Sushi de cavalo, sushi de baleia, baiacu (venenoso),
todos no Japão.
Qual o seu
prato/comida saudável predileto/a?
Quinoa
Pratica
atividades físicas? Qual?
Corridas e caminhadas
Tem gente que quando viaja desregula a
função intestinal. Com a frequência com que viaja isso seria um desconforto e
tanto para você. Já teve algum problema desse gênero? Tem alguma dica?
Já tive,
várias vezes. Minha dica é comer mamão e linhaça dourada.
Alimentação em viagens é sempre passageira
e fácil de adaptar, por mais exótica que seja. E em suas mudanças? Teve alguma
adaptação difícil?
Tive, na
Espanha conseguia comprar comida orgânica e natural a preços acessíveis, quando
me mudei, tive dificuldade de achar esses ingredientes e quando achava era a
preços proibitivos.
Aqui no Brasil
encontro, mas a preços bem altos.
Dificuldade de encontrar ingredientes
legais, por exemplo?
Alguns ingredientes asiáticos como algas.
DICA (Para quem também tem dificuldade em comprar algas e produtos asiáticos): Tenho comprado muito pela internet em sites como o da Asia Shop, resolveu muitos dos meus problemas com grande comodidade!
Saudade absurda de alguma comida (nível: desejo
de grávida)?
Não, me adapto
a o que tenho, ao que encontro onde vivo. Posso sentir saudade de alguma comida
que tinha fácil acesso em outro país, mas nunca é um desejo assim tão forte.
Sempre encontro coisas gostosas aonde estou.
Qual e como foi a sua pior experiência
gastronômica em viagens?
No Japão comendo nato – feijão fermentado, ou seja,
quase podre. É horrível.
Roda o mundo e chega sempre à conclusão
que nada como o tempero da casa da mamãe (que por sinal, soube que manda muito
bem na cozinha)?
Rodo o mundo e
chego a conclusão que nada como uma “comida de panela”, comida caseira, feita
com carinho, com a preocupação com a saúde. Mas minha mãe cozinha muito bem
sim!
Alguma culinária predileta ou é muito
difícil escolher? Baiana, japonesa, italiana, francesa, espanhola...?
Adoro todas, tudo tem seu momento. Adoro a tailandesa
e a indiana, mas curry todo dia não dá. A francesa tem muita manteiga, também
não é saudável para comer sempre. Na minha opinião, a melhor culinária das
Américas é a Peruana, da Ásia é a tailandesa e da Europa, a espanhola. Mas pra
comer no dia a dia, gosto de uma boa salada, verduras e grãos, tudo bem
saudável.
E na cozinha? Alguma especialidade? Topa
dividir uma receita bacana?
Cozinho de
tudo um pouco. O risoto de abóbora e peixe com curry e banana são bem
elogiados. Não sou muito de seguir receitas, é quase tudo no improviso, mas
quando encontro uma receita, muitas vezes adapto com ingredientes mais
saudáveis, como arroz integral e sem manteiga.
Risoto de
abóbora:
Douro cebola e
alho com muito pouco azeite.
Cozinho a
abóbora em pedaços com água e especiarias: curry, páprica, cardamomo, canela,
cominho, gengibre fresco sal e pimenta.
Jogo o arroz
integral.
Vou regando com
água temperada.
Depois coloco
parmesão ralado na hora em cima.
Você passou um período de sua vida
seguindo uma dieta vegetariana, algum motivo específico?
Pela saúde. Li
bastante sobre os efeitos nocivos de comer carne.
Acredita que a paixão por viagens e
gastronomia tenha interferido no retorno aos hábitos onívoros?
Muito. Viajando bastante, comendo na casa das pessoas,
é difícil seguir. Muitas culturas (inclusive a nossa) não servem opções
vegetarianas.
Como foi o seu retorno ao mundo das carnes?
Sentiu alguma diferença?
Hoje em dia
como pouca carne no meu dia a dia. Como peixe com regularidade. Carne vermelha
só em alguns restaurantes mais gourmet ou se estiver em alguma experiência
gastronômica em um país, como comer cordeiro no Egito – é uma experiência. Acho
que a diferença você percebe não só tirando a carne, mas também farináceos e o
álcool. O interessante é o que faz parte da regra e da exceção. Quando carne e
álcool não fazem parte do dia a dia, só nos finais de semana, já ameniza.
Se tivesse que escolher entre ter um
personal chef em casa ou uma massagista à disposição, qual seria sua opção? Por
quê?
Personal chef, porque priorizo o equilíbrio dos
alimentos. Posso substituir a massagem com uma caminhada, uma leitura.
Qual sua relação com bebidas
alcoolicas? E as preferências?
Adoro
cerveja e vinho. Principalmente cervejas artesanais e especiais, as quais tenho
lido e aprendido bastante. Adoro vinho com uma comida especial. Mas não fazem
parte da rotina durante a semana, são para programas nos finais de semana. Seria
difícil abrir mão totalmente dessas bebidas, pois sou apreciadora de ambas.
Qual o peso que elas têm em
sua vida social?
Tem
um peso grande, pois minha vida social (nos finais de semana) normalmente é
sair para comer, ou fazer jantares com amigos na casa de alguém. Ou seja, quase
todo final de semana estou bebendo cerveja ou vinho. Sonho em fazer um período
de desintoxicação.
Muito boa entrevista! Adorei a ideia, Camila! =D Amo seu blog! Beijao
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