Vou
aproveitar o embalo de ontem e citar mais uma frase do professor Kikuchi que
adoro:
“Não existe saúde sem doença”
Acho que
essa frase tem um impacto especial em mim, pois na infância tive uma condição
bem frágil, vivia doente! Tinha 1001 alergias, crises de asma, bronquites,
pneumonias... Sem contar outras doenças que tive como sarampo e catapora, que
se associaram aos problemas respiratórios e foram quase desastrosas.
Hoje,
graças a Deus (e a meus pais que cuidaram MUITO bem de mim), não tenho mais
nada praticamente, mas as lembranças da infância permanecem. Só fui me dar
conta da minha saúde quando parei de ser atormentada com estados frequentes de
enfermidade. Tenho certeza, entretanto, que se essa fosse uma condição perene,
não daria o valor à saúde que dou hoje.
Com esse
histórico e visão crítica que tenho, estou sempre reparando a relação das
pessoas com a própria saúde e vejo meu exemplo se repetir. Recentemente conheci
uma pessoa que deixou de sofrer de problemas respiratórios, depois de adulta,
graças a mudanças alimentares. Hoje não existe comida boa ou ruim para ela! Se
disser que faz bem, ela come e diz que é uma delícia... Acabamos de passar uma
semana juntas no seminário de inverno na Escola Musso e era muito engraçado, um
dia ela estava rejeitando o nattô e no outro ela estava comendo como se fosse
caviar, dentre outros exemplos!
O contrário
também é bastante comum. Tem pessoas que são abençoadas com uma condição
invejosa. Para essas pessoas gosto de lembrar que todo saco tem seu fundo.
Entretanto, o fundo às vezes é tão longe que fica difícil de enxergar e assim
vão enchendo os seus sacos irresponsavelmente...
Tenho um
amigo que tem uma alimentação tenebrosa. Não come nenhuma verdura ou fruta. Integral
então, nem pensar! Refrigerantes, açúcares e embutidos pra que te quero! Suas
refeições são constituídas basicamente de carne e às vezes acompanhadas de um
pouco de arroz branco, feijão e fritas. Diria que sua dieta contém pelo menos
80% de carne e nas horas vagas, usa e abusa de bebidas alcoólicas! Claro que
está obeso, é uma pessoa extremamente mal humorada e agressiva. Mas de fato,
raramente fica doente e nunca enfrentou um problema grave de saúde na vida.
Entretanto, fala na maior tranquilidade do mundo que na família dele as pessoas
costumam morrer bem cedo de infarto e já se resignou a essa “condição
hereditária”. Nos textos: http://www.beijonopadeiro.com/2012/05/genetica-x-heranca-de-habitos.html e http://www.beijonopadeiro.com/2012/05/anticancer.html falei bastante sobre isso. O que mais herdamos são
hábitos, mas a sociedade moderna se acostumou a arrumar um bode expiatório para
tudo e a culpa sobrou toda pra tal da genética!
Em termos
mais práticos, vemos que muita gente só passa a se cuidar mesmo, quando fica
doente. Só descansa quando o corpo desmorona em febre, só pensa na alimentação
quando está com uma baita dor de barriga ou constipação e por aí vai...
Acontece que se perdeu demasiadamente a sensibilidade. As pessoas vivem os extremos!
Ou estão eufóricas, ou estão deprimidas. Ou estão cheias de saúde, ou estão de
cama (quando não têm mortes fatais) e por aí vai... Desta forma, fica muito difícil
avaliar essa dicotomia saúde x doença e tentar equilibrar e evitar os extremos.
Uma
alimentação balanceada, com nenhuma ou apenas pequenas porções de carne (preferencialmente
branca) e rica em cereais integrais e vegetais orgânicos, tende a restabelecer essa
sensibilidade e assim ficamos mais atentos a cada sinal que o corpo nos
oferece. Adoecer é uma dádiva! É uma forma do corpo nos avisar que algo está
errado... Tem gente que decide se cuidar por uma simples dor de cabeça e é
capaz de transformar o seu destino. Outras pessoas optam em mascarar suas dores de
cabeça, subsequentemente com analgésicos, para mais tarde ter um tumor, um aneurisma, um AVC ou algo irremediável...
O livre arbítrio
está aí para todos, deixo aqui minha reflexão sobre saúde e doença.
amei seu texto....so p variar!!!!! bjssss
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