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Este ano em
meu agradecimento final no seminário de inverno da Escola Musso descrevi a
minha segunda experiência consecutiva no evento como a confirmação de um
espiral pessoal. Como assim?
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Em outros
textos aqui já falei sobre o fato da vida ocorrer na forma espiralar. Esta
forma se repete como círculos, porém nunca de forma idêntica, sendo então
melhor descrita como um espiral. Temos a manhã, seguida da noite de forma
cíclica, as estações do ano, o movimento das marés, as fases lunares e inúmeros
outros exemplos. A única maneira, entretanto, de termos esta percepção é quando
vivemos um ciclo inteiro ou mais...
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Quando vivemos uma parcela cíclica apenas, é difícil ter essa visão do todo. Se alguém muda para um lugar e vive apenas um semestre naquele local, deixa de conhecer metade de suas estações e tudo que acompanha essa mudança: as comidas sazonais, a paisagem, o comportamento das pessoas e principalmente deixa de ter uma percepção global sobre si mesmo naquele ambiente. Essa é uma das razões porque sempre recomendo a quem tem a oportunidade de fazer um intercâmbio, que se possível fique um ano inteiro e não somente um semestre. Quando se tem a oportunidade de viver dois anos ou mais essa percepção é ainda maior, criando referências mais consistentes, seguidas de um autoconhecimento mais amplo.
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Estar novamente
no seminário de inverno foi a confirmação de um ciclo que teve início ano
passado. Há um ano, estava conhecendo o
lugar, tendo as minhas primeiras impressões, me familiarizando com o ambiente...
Este ano já cheguei me sentindo em casa, entretanto, apesar de estar no mesmo
lugar, com a mesma rotina, mesma comida e muitas das mesmas pessoas, tive uma
experiência completamente diferente. Minha atitude e forma de pensar haviam
mudado em inúmeros aspectos e em outros nem tanto. Isso acontece o tempo todo,
mas nem sempre estamos em um lugar que propicia a autorreflexão e assim,
passamos despercebidos por nosso próprio desenvolvimento. Passamos batidos sem
estabelecer uma análise crítica. Chamo isso de confirmação cíclica, confirmação
do espiral particular.
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O espiral
externo é visível e óbvio, o interno só pode ser sentido ou observado quando
comparado a referências. É por este motivo que valorizo tanto as datas
comemorativas. Elas nos dão a possibilidade de fazermos uma reflexão acerca do
ciclo que se passou e também planejar o próximo. É o que ocorre nos
aniversários, quando fazemos uma retrospectiva do ano anterior, vemos em quais
pontos crescemos e em quais pontos estagnamos ou até retroagimos, elaborando um
balanço geral. O mesmo pode se repetir no réveillon, no natal, ao fim de um
semestre letivo, ao entregar mais um trabalho finalizado e assim por diante...
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Infelizmente,
muitas pessoas deixam que os seus ciclos sejam conduzidos por um piloto automático. Às vezes são pegas de surpresa com uma
doença, por exemplo, que em muitos casos trás uma nova percepção da vida e de
suas prioridades. Acho melhor evitar chegar a esse extremo e buscar compreender
o padrão espiralar do universo e a forma como ele repercute em cada indivíduo,
nas pequenas coisas. Não precisa esperar chegar o aniversário, nem o ano novo,
basta parar e refletir como estava sua vida exatamente há um ano, um mês, quiçá
uma semana e buscar sempre parâmetros de análise da evolução humana individual,
de preferência criando novas metas sempre!
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