sábado, 20 de outubro de 2012

Relativismos e adequação alimentar


Li esse texto e achei muito interessante e esclarecedor. Sou TOTALMENTE CONTRA radicalismos de todas as formas e acredito piamente que qualquer coisa levada ao extremo, gera justamente o seu oposto (yin excessivo gera yang e yang excessivo gera yin). 

Este texto é interessante não somente para os seguidores da macrobiótica, como para qualquer tipo de regime alimentar e filosofia de vida em geral... No caso da macrobiótica, em específico, praticamente toda a literatura disponível é baseada em conceitos ortodoxos demais e muito pouco adaptadas às condições tropicais. 

É preciso atentar para a forma como nos sentimos ao ingerir determinado alimento, a sua adequação ao clima e à nossa constituição física. Não existe alimento milagroso, nem totalmente ruim ou totalmente bom. O que existe sim são alimentos mais ou menos apropriados a determinadas ocasiões e condições.

English version of the text above:

When I read this text I found it very interesting and explanatory. I´m totally against all types of radicalisms and truly believe that anything taken too much in extreme, will generate it´s exact opposite (extreme yin generates yang and vice-versa).

This text is not only interesting for macrobiotic followers, but for anyone who follows a certain type of diet or life philosophy. In the case of Macrobiotics, specifically, almost all of the literature available is based on orthodox concepts, based on temperate climates and very hard to adapt to tropical conditions.

It´s necessary to pay attention to the way we feel when we eat certain types of foods, how they adapt to the climate and to our physical condition. There´s no such thing as a miraculous ingredient, nor anything is totally good or evil. What exist are foods that are more or less appropriate to specific occasions and conditions.



George Ohsawa na India

"Mikoto Masahilo Nakazono era um grande estudante da macrobiótica. Ele seguia a dia, bem como a sua família, durante anos. Quando Nakazono Sensei foi para Madras com Sensei Ohsawa, e manteve seu hospital, ele pessoalmente preparou todas as refeições para mais de 40 pacientes. Consequentemente, estudou o efeito da dieta nos pacientes. Essas foram as suas descobertas:

Quando Sensei Nakazono chegou à Índia  inicialmente seguiu estritamente a dieta macrobiótica japonesa tradicional. Foi percebendo, entretanto, uma fraqueza cada dia maior nas suas pernas.

Um dia, ele e um amigo encontraram um vendedor de leite de coco e decidiram provar cada um, um copo da bebida regional. Eles sentiram-se melhor imediatamente e resolveram tomar mais outro copo. Instantaneamente Sensei Nakazono sentiu suas pernas se fortaleceram.

Ele explicou que isso ocorreu porque a dieta original macrobiótica foi feita para o ambiente japonês. No clima diferente da Índia, não havia como ela se encaixar perfeitamente.

Da mesma forma, os seus pacientes, perceberam melhoras significativas com a introdução de ingredientes locais em suas dietas. Afinal de contas, não estavam no Japão."



George Ohsawa in India


"Mikoto Masahilo Nakazono was a serious student of macrobiotics. He followed the diet, as did his family, for years. When Nakazono Sensei went to Madras with Sensei Ohsawa, and ran his hospital, he personally prepared all the meals for over 40 patients, and of course studied their effects, and assessed the diet. The following are his findings.

When Sensei Nakazono first arrived in India, he was strictly following the macrobiotic diet. His legs, he found, were getting weaker by the day.

One day, he and a friend met a coconut milk vendor and each dared a cup of the regional drink. They immediately felt better, and each drank a second, whereupon his leg strength returned within minutes. This was, he explained, because the original diet had been made for the Japanese environment. 

In the different climate of India, it couldn't be the best fit.

With his patients too, he found that certain differences in food preparation were mandatory for their progress, because they were not in Japan..."


2 comentários:

  1. Cami, muito interessante esse seu texto. Nós sentimos o mesmo ao tentar seguir uma dieta macrobiótica em Salvador, Bahia, Brasil. Precisamos incluir frutas da estação, diminuir o sal e tomar menos receitas quentes. Beijo!!

    ResponderExcluir
  2. Não lembro exatamente de tudo que escrevi anteriormente (antes do post virar pó virtual, rs), mas adorei o texto e o insight que ele me deu. Na verdade, acho que nós damos pouca importância a noção da palavra LUGAR. Pra mim o lugar compreende um locus de energia imprescindível para nossa vida, tanto no que diz respeito à constituição de como somos, mas também sobre as nossas necessidades. Isso é importante pra nós que trabalhamos com alimentação e nutrição, pois o desafio da alimentação "saudável" regionalizada é algo que se mostra como uma das coisas mais difíceis.
    Adorei a abordagem e prometo estudar um pouco mais sobre isso. Vida longa à todos nós e parabéns pela determinação, curiosidade e coragem de tocar esse barco adiante. Grande bjo

    ResponderExcluir