segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Paixão por saúde bucal e ortodontia

Em 2005, um casal de amigos dentistas, que estava iniciando o trabalho com clareamento de dentes me contratou para fazer um projeto arquitetônico para eles. Na época, precisavam de alguém para ser a "garota propaganda" da clínica deles e perguntaram se poderia realizar também esta função. Apesar de não ter nenhum experiência no ramo, acabei topando em dar esta força a eles e confesso que foi muito legal toda a produção, maquiador, cabeleireiro, estúdio de fotografia... Depois das fotos eles me presentearam com um pacote de clareamento dental (não deu tempo de ser antes). No dia em que fui fazer, eles pegaram uma paleta de dentinhos falsos para ver a cor dos meus dentes originais e comparar depois de terminado o clareamento - naquele dia descobri que eles já eram mais brancos do que o mais branco de todos... Mesmo assim decidi fazer o clareamento (adoro uma cadeira de dentista). Colocaram aquela proteção verde em minha gengiva e não precisou de mais de cinco minutos para eu pedir para parar. Que dor!!!! Então, respondendo a uma pergunta frequente, meus dentes são naturalmente brancos e isso não é mérito de dentista, acho que é um misto de genética com pouco ou nenhum consumo de café, chocolate, coca-cola e alimentos ricos em corantes artificiais, cigarro, etc...

Ontem, o marido de um amiga, estava se queixando de uma dor na mandíbula e eu olhei e disse: "Isso deve ser o siso que está empurrando algum nervo e dando esta dor." Ele dizia: "Mas não sinto dor dentro da boca, é na junta entre os dois maxilares." Eu respondia que era porque quando atinge o nervo a dor se propaga... 

Como já estava tarde, ele só pode ir ao dentista hoje e quando fui procurar saber o que era, fiquei sabendo que era justamente o siso...

Isso me fez lembrar a minha infância e a árdua tarefa que foi para mim, escolher a minha profissão na adolescência. Uma coisa é certa, área de saúde sempre esteve lá...

Comecei a usar aparelho ortodôntico aos seis anos de idade e contrariando o que acontece com a maioria das crianças, sempre amei ir ao dentista. Sou fã de carteirinha do artista que arrumou os meus dentes e recomendo ele de olhos fechados e boca bem aberta, kkkk!! Quem precisar de uma indicação em Salvador, o nome dele é Dr. Antônio Cunha e o telefone da clínica onde ele atende é 71-3336-0003 (sim, seu o número de cor, risos!).

Muitos devem estar pensando que é cedo para começar a usar aparelho e é justamente por isso que sou fã dele. Fez um trabalho de ortodontia preventiva em mim e em minha irmã nas décadas de 80/90, quando pouco se falava nisso. Corrigiu a minha mordida cruzada e abriu a minha arcada gradativamente, de forma que quando terminei de trocar os meus dentes, eles já estavam praticamente nos lugares exatos (coisa que não teria acontecido naturalmente, pois tinha uma arcada pequena em relação ao tamanho dos dentes).

Se não tivesse feito isso, provavelmente teria tido que extrair os pré-molares, como a maioria das pessoas precisa fazer, quando começa a usar aparelho depois de já ter trocado todos os dentes de leite por definitivos. 

Então, usei aparelho móvel dos seis aos doze anos de idade e era disciplinada como poucos adultos são. Só tirava para comer e em seguida escovava os dentes e recolocava imediatamente. Aos doze anos coloquei aparelho fixo e tirei um ano e meio depois (vejo gente usando aparelho fixo por anooooos!!). Resultado, iniciei minha adolescência com os dentes impecáveis e passei toda a fase de festas de 15 anos e despertar da vaidade com esse "problema" resolvido em minha vida. Distribuía sorrisos enquanto minhas amigas escondiam seus aparelhos nas fotos!

Com a mesma disciplina da infância, usei a contenção móvel religiosamente por quatro anos depois que tirei o aparelho fixo e tenho uma contenção fixa até hoje em minha arcada inferior. Mais de quinze anos se passaram e meus dentes nunca saíram do lugar...! Vi tantaaaas pessoas usarem aparelho na adolescência e depois terem que usar de novo que fico ainda mais grata por ter sido acompanhada por um profissional excelente! Cada história de arrepiar de trabalhos mal feitos e resultados desastrosos (até perda de dentes) que já escutei...

Lembro deste meu ortodontista com o maior carinho e admiração: tão paciente, competente e jeitoso que passei anos de minha vida dizendo que queria ser ortodentista. Ele era meu maior exemplo de profissional. Passava tardes inteiras em seu consultório assistindo-o trabalhar e enchia-o de perguntas... Lembro que uma vez fiz um trabalho enorme para uma feira de ciências, que foi considerado o segundo melhor do colégio, sobre a importância de usar aparelhos. 

Enfim, era fanática pelo tema... Até que uma dentista, recém formada na época (eu tinha uns quinze anos), me falou: "Você sabe que antes de ter um consultório novinho e bocas limpinhas para colocar aparelho, vai ter que passar pelo menos DEZ anos tratando de muita boca suja, dente podre e atender em lugares com condições precárias, não é mesmo?" Me desencantei, pois, não me vi naquele cenário. Sempre adorei limpeza, organização, arte e pessoas, por isso ortodontia parecia a profissão perfeita. Além disso, dez anos, no ouvido de alguém que tem apenas quinze, soa como uma ETERNIDADE!

Perdi o chão!! Estava a um ano da inscrição do vestibular e não tinha a menor ideia do que fazer. Próximo post eu explico como aconteceu a escolha por arquitetura e porque nutrição só veio depois...! 

Ah! Já escrevi sobre a escolha de profissões em outra ocasião, sou sempre questionada por este tema, por ter tido a "coragem" de mudar depois de estar bem estabelecida (considerando a minha pouca idade) em outra carreira.  Se esse for um tema de seu interesse, leia aqui algumas dicas úteis, que a vida me ensinou, sobre a escolha de profissões.

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