quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Sutilezas do Tempo

Acabei de perceber que nunca cheguei a publicar esse texto aqui no blog (apenas o mencionei). Foi escrito em setembro de 2012 e publicado no blog de minha prima, autora da foto acima, que me inspirou com o tema. 

Como estamos no fim do ano, achei o tema bastante propício... Afinal, é quase tradição refletir sobre o tempo neste período do ano, não é mesmo? Desejo que fechemos dezembro com chave de ouro e comecemos janeiro com chave de diamante!! =)
Fotografia de Melina Souza, autora do blog A Series of Serendipity

“Alice: Quanto tempo dura o eterno?
Coelho: As vezes apenas um segundo.”
(Lewis Carroll – Alice no País das Maravilhas)
Como olhar para esse lindo relógio e não lembrar o coelho mais querido das histórias infantis? Vivemos correndo para um lado e para o outro, sempre atrasados e muitas vezes perdidos, como Alice. Relógio de corda, de bolso…? Ninguém tem tempo para isso! A velocidade dos tempos modernos roubou até o charme estético de uma peça sutil, com a da fotografia acima… Os relógios hoje contam os passos, a frequência cardíaca, a quilometragem percorrida, as calorias gastas: afinal, não se pode perder tempo fazendo cálculos manuais. Tudo tem que ser acima de tudo prático e rápido! O som do coo-coo foi trocado por um irritante alarme que faz as pessoas pularem da cama, no susto, para iniciar mais um dia corrido.
Aí reflito sobre a famosa frase do coelho, transcrita acima, e penso no valor que damos ao nosso tempo. Estamos correndo? Existe um momento reservado na agenda para cuidar de si, estarmos próximos das pessoas queridas e contemplar belas paisagens? Ou a correria da vida é uma eterna desculpa para vivermos alheios do essencial? Prefiro pensar em tornar eternos segundos preciosos, do que viver uma eternidade com a sensação de que ela se passou na velocidade de um segundo…

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