segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Non Credo

Imagem retirada do Google Imagens

Semana passada falei sobre o non credo e prometi retornar para explicar o que significa este conceito. O termo, como já devem estar imaginando, vem do latim e significa: não acredite. 

Como assim, não acredite? Este termo era frequentemente utilizado por George Ohsawa (já falei sobre ele aqui antes) para incentivar seus alunos a buscarem suas próprias verdades, a não aceitarem conceitos sem antes questioná-los.

Este blog é um exercício cotidiano de non credo. Aqui questiono, avalio e exploro os mais diversos temas como uma forma de alcançar a minha própria verdade, baseada na literatura, experiências pessoas a análise de experiências alheias. Como nada é estático e a cada 120 dias renovamos todas as nossas células vermelhas, confio plenamente na mutabilidade do mundo, inclusive de conceitos e pensamentos.

Recomendo largamente esta atitude de questionamento eterno. É algo comum em crianças (a fase dos porquês) e que, talvez por falta de incentivo, vai perdendo cada vez mais a força à medida que as pessoas crescem. Não tenham medo de duvidar, questionar... 

Em palestras, por exemplo, é comum que a plateia fique calada e pergunte pouco. Será que faltam dúvidas ou será é uma barreira criada pela timidez ou algo do gênero? Fui criada escutando a seguinte frase: "vergonha só se deve ter de matar ou roubar" e talvez por isso tenha me tornado bastante "cara de pau". No caso das palestras, nunca deixo de perguntar o que me ocorra: penso que é melhor me expor por um minuto e ter a oportunidade de crescer e aprender mais, do que morrer na dúvida e na ignorância, por vergonha de mostrar meu lado mais humano: o não saber. Se alguém fala algo que você não entende ou discorda, por que perder a oportunidade de explorar este ponto de vista e ter acesso a outro mundo? 

Nossa intuição é poderosíssima e tendemos a desprezá-la. Devemos ficar antenados a sinais cotidianos, mesmo que eles estejam na contramão de consensos... Até a ciência, diversas vezes demonstra estar errada e volta atrás no que prega. Como acreditar em verdades cegas e absolutas? Não se intimide, nem por médicos, cientistas, especialistas - todo o estudo do mundo não é suficiente para conferir soberania de informação a ninguém... Frequentemente o chá de sua bisavó será um tratamento mais poderoso do que o remédio ultra moderno da industria farmacêutica criado para determinada enfermidade... 

Exemplos como este, não só na área médica, existem aos montes... Se for descrevê-los esse post ficará gigantesco... Vou ficando por aqui, deixando esta proposta e reflexão: DUVIDEM SEMPRE!

3 comentários:

  1. Querida sobrinha, primeiro peço desculpas por não ter me manifestado antes mas não sei por que parei de receber notificações do Beijo no Padeiro.
    Mas, antes tarde do que nunca. Mais do que pertinente a sua reflexão. Sempre pergunto para mim mesmo, todas as vezes que me deparo com algo novo "isto faz sentido?"
    Por outro lado, como professor e palestrante também me incomodo com a falta de questionamentos sobre as minhas afirmações afinal, não sou o dono da verdade. Gosto muito de replicas bem fundamentadas que me levem a repensar e questionar os meus conceitos.
    Parabéns mais uma vez do seu tio Uncle mais que OWl rsrsrsr "Beijo na sobrinha" rsrsrs

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  2. Milla,

    Maravilhoso texto!!!!!
    Dormi pensando... Se não fosse você, eu já teria facilmente desistido da macrobiotica...
    Eu só agradeço de todo coração, todo carinho, paciência que tem por mim. Eu fico muito tranquila pois estou ao lado de uma pessoa experiente.
    Você é linda!!!!! Por fora e por dentro!!!!
    Você é uma pessoa que mora dentro do meu coração!!!!!

    Beijoooooo,

    Renatinha

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  3. Obrigada por me ensinar tantas coisas...

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