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Acabei de ler esta matéria no Huffington Post com um vídeo sobre a uma mulher que está querendo fazer um documentário abordando como as mulheres se sentem em relação aos seus corpos. Ela perguntou a 100 mulheres o que elas achavam sobre os seus corpos e as respostas eram, na maior parte das vezes, negativas, demonstrando uma insatisfação generalizada. Muito triste!
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Na foto acima: ambas mães de três filhos, ambas advogam a favor da saúde e do bem-estar. Chegou a hora de celebrar a diversidade. Cada corpo é único e conta a sua própria história. AME O SEU CORPO!
Segundo Taryn Brumfitt, , australiana, autora do The Body Image Movement o nosso corpo é um veículo e não um ornamento. Ela ressalta ainda que deve-se priorizar a disposição e alegria de viver e esse sentimento vem de dentro para fora. Nesta entrevista, ela explica em que se baseia o seu movimento, cuja finalidade é ajudar as mulheres a amarem seus corpos:
1) Aceitação. Aceite o que você tem: seis pequenos, quadril largo, pneuzinho, celulite, estrias... Não adianta ficar pensando no que você queria ter ou não ter, pois isso não vai levar você a lugar algum. Melhor focar nas coisas que podem ser mudadas!
2) Mudança de linguagem. Ao invés de ficar se queixando, se lamentando e se odiando por aquilo que lhe desagrada, por que não ser gentil consigo mesma e se amar do jeito que você é?
3) Priorizar a saúde e não o corpo. Se for fazer atividade física, seja correr, caminhar, escalar montanhas ou pedalar, que isso seja feito em prol de como você se sente fazendo esta atividade e não em sua aparência a partir dela.
Achei fantástico!! Escolhi uma profissão onde lido com o excesso de preocupação com a imagem o tempo todo. Mas, como vocês já estão carecas de saber, o que me motiva na nutrição vai muito além do aspecto estético. Detesto esta paranoia de contar calorias, acredito que devemos comer para viver e não viver para comer. Ou seja, nosso alimento deve ser uma maneira de nos dar o melhor combustível para ter uma longa vida saudável. Sinceramente, não é um pneuzinho, celulites, estrias, braços gordos ou seios murchos que irão determinar a saúde de uma pessoa.
Devemos respeitar as fases da vida. Uma mulher que está pensando em engravidar, por exemplo, deve estar mais preocupada em preparar o seu corpo para ter reservas para alimentar uma vida durante nove meses do que estar seca para que seja fácil retornar a "ser magra" após o parto. O mesmo em relação à uma mulher que está amamentando. A prioridade nesse momento é produzir leite de qualidade para nutrir a cria e para isso é bom ter reservas. A ditadura dos corpos lindos prega uma beleza onde existe uma busca pelo mínimo percentual de gordura, só que o mínimo mal dá para sustentar uma pessoa, menos ainda duas vidas, sendo que uma em formação.
"Meus seios produziram mais de 4 mil refeições para meus três filhos, tenha certeza que eles hoje são completamente diferentes e eu convivo muito bem com este fato" Taryn Brumfitt
Uma mãe que trabalha, as vezes tem pouco tempo livre e ainda chega cansada à casa. Em muitos casos é impossível que ela frequente uma academia, pois precisa dedicar as horas vagas a fazer compras de alimentos frescos e saudáveis para a família, cozinhar (ou ao menos coordenar um cardápio saudável para outra pessoa cozinhar) e principalmente estar próxima dos filhos, coisa que ela não vai conseguir fazer se pegar as poucas horas vagas que lhe sobram e se trancar em uma academia.
Enfim, cada caso é um caso. Acho que devemos respeitar o tempo de cada pessoa, assim como as suas prioridades. Super apoio esse movimento! Deixar de ser obsessiva com o próprio corpo está longe de ser um estímulo ao sobrepeso e à obesidade. É uma maneira de respeitar individualidades, modos de vida, prioridades e principalmente a auto-estima, colocando a saúde na frente da estética. Afinal, quem disse que todo mundo que tem um corpão é saudável?? Eu não tenho e estou certa de que minha saúde anda bem melhor do que a de muita neurótica por estética que tem por aí...
![](http://mumcentral.com.au/wp-content/uploads/2013/10/taryn-brumfitt1.jpg)
"Health is physical, emotional and spiritual and so much more that is not visible and not always obvious to others..." Taryn Brumfitt
Saúde é algo físico, emocional e espiritual e muito mais que não é visível e nem óbvio para outras pessoas..." Taryn Brumfitt
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