domingo, 29 de março de 2015

O terceiro trimestre da gravidez

Meu barrigão, três semanas antes do parto. Será que ia ter um filho enorme?

Passei o primeiro mês do último trimestre em BH. Dezesseis quilos mais pesada, trabalhando de pé, durante seis horas por dia, dirigindo muito e com um barrigão que dava a impressão de que estava às vésperas de parir ou que estava gravida de gêmeos (pergunta frequente das pessoas em geral).

Para completar, a essa altura, a cidade já estava um calor infernal. O verão em BH é muito pior do que o de Salvador. A cidade, sem a brisa do mar e cheia de cimento, parece uma estufa! Sem contar que a temperatura chega a 38 graus em novembro e dezembro, coisa que não acontece nem no pico de verão soteropolitano.

 Como faz frio a maior parte do ano, os lugares não costumam ter ar condicionado (em Salvador, qualquer biboca é refrigerada) então o calor incomoda muito mais. O hospital que trabalhava, por exemplo, não tinha ar condicionado nos corredores e na maioria dos leitos, apenas nas suítes mais chiques... Trabalhar de calça comprida, sapato fechado e jaleco, grávida, num ambiente desses tornava a rotina ainda mais pesada!

Na vinda para Salvador, no dia 20 de dezembro, no aeroporto e avião, fui parada quatro vezes para mostrar minha autorização para voar. Minha barriga parecia bem maior do que uma barriga de 7 meses (limite para viajar de avião).

Ainda no primeiro mês do último trimestre (novembro) engordei mais dois quilos e cheguei em Salvador 18kgs acima do meu peso pré-gestacional. E segundo todo mundo, o pior estava por vir, já que é nos últimos meses que ocorre o maior ganho de peso da gravidez.

Bem, nenhuma dessas regras se confirmaram comigo. O trimestre mais gordo da minha gestação foi o primeiro, seguido do segundo, sendo o mais magro justamente o último, quando engordei apenas 2kgs. Nos últimos dois meses não engordei nada! Como? 

Chegando em Salvador, foquei em comer praticamente só a comida (bem macrobiótica) da casa dos meus pais. Era tudo que precisava, estava cansada da rotina de comer na rua. Além disso fiz drenagem linfática duas vezes na semana, o que garantiu que não retivesse líquido e não inchasse. 

Para completar, minha mãe, que deu aulas de preparação para o parto natural durante 17 anos, virou minha personal e tive aula todos os dias: são vários exercícios de yoga, atrelados ao trabalho de conscientização corporal e mental voltada ao parto. Uma mistura de Doula com professora de yoga, só para mim, diariamente, durante dois meses! Que luxo!



Além disso, como durante sete meses estive mais do que sobrecarregada com estágio, TCC, dirigindo longos percursos e sendo dona de casa, deixei tudo para resolver de enxoval e material para o parto quando chegasse a Salvador. Assim, nesses últimos dois meses de "férias" na Bahia, amanhecia com um checklist de tarefas, que, de quebra ainda incluíam atividades de arquiteta, ajudando meus pais a arrumarem o apartamento novo para o qual se mudaram pouco antes de minha chegada. 

Nas horas vagas, como de costume, aproveitava para matar as saudades de amigos e parentes e visitava meu sobrinho lindo que nasceu 26 de dezembro. Do começo ao fim, foi uma gestação mais que ativa. Não existiram as palavras: preguiça e sono durante o dia neste período, somente atividade, muita atividade! Assim, apesar de 18kgs mais pesada, desconheci duas palavras frequentes entre gestantes: enjoos e dores na coluna. Ainda bem! Isso me ajudou demais a ter um parto ativo e natural...!

Mais nos próximos posts!


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