quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Relatos de uma mãe full-time


Bom dia! Decidi que só vou escrever sobre meu início na academia, com Gui à tira-colo, 
amanhã. Achei que deveria escrever um post introdutório antes, resumindo um pouco o contexto de minha vida... Vamos lá! 

Acho que já comentei aqui, mas sou dessas mães que nunca teve babá, enfermeira, técnica de enfermagem, folguista... Também nunca tinha tido contato próximo com bebês e encarei a maternidade na cara e na coragem.

Quando Gui nasceu estava na casa dos meus pais (que é grande o suficiente para eles não escutarem nada, mesmo que o bebê chore no seu volume mais alto, durante horas na madrugada) e quatro dias depois meu marido precisou voltar para Belo Horizonte para trabalhar. Lá estava eu e um bebê: com alguma ajuda pela manhã (durante o primeiro mês minha mãe só trabalhava à tarde), pouca ajuda à tarde (quando aparecia alguma visita talentosa com bebês) e nenhuma ajuda nas noites e madrugadas.

Sobrevivi sem nenhum trauma. Para falar a verdade, não acho que tenha sido nenhum bicho de sete cabeças. 

Quando Gui fez 3 meses voltei para BH e uma tia foi comigo e me deu uma help nos 5 primeiros dias... Afinal, estava retornando para uma casa que tinha deixado 5 meses antes e agora ainda com um bebê no pedaço! Lá o maridão saia para trabalhar cedo e só voltava quando o bebê já estava dormindo (até hoje é assim), mas graças a Deus tinha empregada em casa de segunda à sexta que arrumava, limpava, cozinhava, lavava e passava (hoje só tenho diarista 2x na semana). Ou seja, meu trabalho era só cuidar de Gui. 

Ah! Um detalhe: Na casa de meus pais tinha empregada apenas no primeiro mês, depois ela pegou uma doença contagiosa, entrou numa licença interminável e a casa passou a ter uma diarista que ia duas vezes na semana.

No período que passei em Salvador, depois que Gui completou 2 meses, comecei a sair diariamente com ele pelo bairro. Algumas vezes com ele no sling e outras vezes no carrinho. Essa foi a única atividade física que fiz até os três meses.

Em Minas, mantive o hábito de caminhar pelo condomínio (lindo e super agradável) com ele no colo ou no sling também diariamente. Era até uma maneira de espairecer, sair do confinamento do apartamento de apenas 70m2 que vivia na época. 

Acho que Gui foi criando gosto por passeios desde bem cedo, pois a mamãe aqui nunca aguentou passar o dia em casa. Ele sempre ficou numa felicidade, desde pequenininho quando percebia que ia sair, incrível! Para completar: como nunca tive com quem deixá-lo, estando fora de Salvador, levava-o para todos os lugares que precisasse ir: mercado, cartório...

Quando Gui completou 6 meses mudamos pro Mato Grosso e a história continuou a mesma... Eu sem ter com quem deixá-lo, levando-o comigo para todos os lugares e sempre procurando fazer algum passeio pra sair um pouco de casa e respirar novos ares. O problema desta primeira cidade onde morei no MT, Rondonópolis, era que o sol era escaldante e só dava para sair com ele de carrinho no fim da tarde. Durante o dia a única opção era o shopping que tem um pseudo-ar-condicionado e sombra. 

Desde que nasceu só saí três vezes a lazer sem ele. Uma vez para ir a um casamento em Salvador (meu recorde longe dele: 5 horas), outra vez para participar de um amigo oculto em Rondonópolis e recentemente para ir ao chá de fraldas de uma amiga. Fora isso, saí outras poucas vezes em Salvador para ir à médicos e/ou resolver pequenas coisas na rua. Posso dizer que está sendo uma maternagem bastante INTENSA!

Semana passada Gui completou um ano de vida e eu um ano de sedentarismo. Isso porque na gestação as atividades foram super light: yoga e caminhadas. 

O que aconteceu nesse último ano que não me permitiu nem pensar em fazer outra atividade, além de caminhadas, foi que com tantas mudanças mal consegui estabelecer uma rotina para mim e para o bebê em cada um desses lugares que morei. Além disso, o fato de não ter com quem deixar Gui sempre funcionou como um freio. Entretanto, essa é minha realidade hoje e será por muito tempo. Por isso, decidi voltar malhar levando-o junto comigo! 

Será que estou fora de forma? Risos!!!

Retorno amanhã contando tudo sobre essa minha nova aventura como mãe! Sim, porque uma atividade simples como frequentar uma academia, vira uma verdadeira aventura quando é preciso levar um bebê junto!

Um comentário:

  1. Camilaaaa,
    Que coisa mais linda essa sua dedicação pelo seu filho!!!! Meu Deus!!!! PARABÉNS!!!
    Apesar de ver os seus posts no face, nunca tinha parado para ver o seu site...hoje, resolvi ler e simplesmente AMEI!!!
    Ando sem coragem de ter filho exatamente por causa dessa coisa de ter que ter babá, folguista...bla bla bla! Mas, agora com esse seu texto me deu até coragem (se não fosse essa Zika!).
    Parabéns e continue passando para todos o seu exemplo de vida e de como ser MÂE DE VERDADE!
    Um beijo grande
    Paulinha

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