domingo, 13 de março de 2016

Sete saudades de antes da maternidade


Hoje de tarde, na casa de uma amiga, que tem uma filha de 1 ano e 9 meses, enquanto os bebês brincavam, iniciamos um papo interessante. Resolvi transformar em texto...

- Amiga, quais são as suas maiores saudades do tempo que ainda não era mãe?

A primeira coisa que ambas falaram (que deu início à conversa) foi: 

1) Tempo para deitar e ler um livro sem pressa, relaxadamente, numa tarde de domingo como aquela... Ter isso como rotina e não como um evento...

Hoje, quando tenho um tempo livre durante o dia (nas raras e curtas sonecas do Gui) parece uma gincana de mil tarefas: cozinhar, limpar, arrumar, colocar roupa pra lavar, tirar roupa do varal... Praticamente impossível usar esse tempo para mim, para fazer algo aparentemente simples como esticar as pernas e ler...

2) Comer sem ser interrompido. Esse não é um problema que me incomode muito, mas é uma queixa bem frequente entre pais e mães e foi a segunda coisa apontada por minha amiga. Escrevi até um texto sobre esse assunto aqui no blog... http://www.beijonopadeiro.com/2016/02/educacao-nutricional-como-fazer-um-bebe.html?m=1

3) Acordar e tomar banho. Essa é demais! Antes de ser mãe eu não ia na esquina comprar uma cebola sem antes tomar um banho. Hoje, tem dias que só consigo parar para tomar um banho no meio da tarde... 

4) Redução da memória. Esse eu também ainda não comecei a sentir os efeitos, mas minha amiga relata que ficou super esquecida depois da maternidade. Que está sempre tão focada nas coisas da filha que acaba esquecendo de coisas básicas do dia-a-dia.

5) O sono. Acho que essa é uma unanimidade entre 99% das mães. A gente deita sempre na expectativa se vai ter uma noite sem interrupções ou não... O sono fica leve demais... Não escolhe a hora de acordar (acorda quando o bebê acorda, no caso de bebês como Gui que sempre acordam cedo), não pode dormir até mais tarde... Só pode dormir depois de colocar o bebê para dormir...

6) Tempo para cuidar mais de mim. Essa minha amiga já não sofre tanto isso, pois sua filha já vai para a escola, então tem um turno do dia para si. Eu até hoje NUNCA fiz minhas unhas com uma manicure. Fiz 4 vezes, eu mesma, em casa... Isso porque, como disse, meu tempo livre sem estar na função de Gui é tão escasso que normalmente é tomado por outras obrigações mais inadiáveis que cuidados com a beleza.

Acho que o papo teria rendido muitos outros tópicos, mas fomos interrompidas pelos bebês querendo atenção. Então vou acrescentar mais um: 

7) Sentar e papear com as amigas sem ter que estar com "um olho no padre e outro na missa". Às vezes fica até difícil ter um papo cabeça, pois sempre acaba havendo alguma interrupção. 

É isso aí, sei que é apenas uma fase. O tempo passa rápido e os bebês vão virando crianças que requisitam cada vez menos a ajuda e atenção dos pais. Até que certamente chegará o dia em que estaria tão independentes, que sentiremos falta de tudo isso. Haverá tanto tempo livre para nós mesmas que lembraremos com nostalgia dos tempos em que coisas como as que relatei neste texto fazem falta...

Carpe diem!

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