sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Espiritualidade



Há quem diga que a religião aprisiona e concordo com isso em partes. Todavia, existe um abismo entre seguir uma religião e ser ateu. Estudando um pouco o outro lado da moeda (já que minha realidade sempre foi de “crente”) e conversando com pessoas que optam por esta linha de pensamento, percebo que elas defendem o ateísmo porque de certa forma se sentiam ameaçadas ao seguir uma religião.

Sou absolutamente contra radicalismos e não vejo nenhum propósito em delegar a um padre o poder de perdoar alguém através de uma confissão ou de dizer que alguém será feliz no matrimônio porque foi abençoado uma cerimônia religiosa, através de um representante divino. Estes sentimentos são de foro íntimo, mas há quem precise de um “empurrãozinho” de terceiros para chegar à paz interior, aí vale um amigo, um padre, um psicólogo... Quem sou eu para julgar o melhor caminho?

Em minha experiência de vida, entrar em contato com Deus é uma atitude extremamente pessoal, por isso não faz muito sentido participar de qualquer seita para isso. Todavia, respeito profundamente aquelas pessoas que têm mais poder de conexão com Deus nestas circunstâncias e locais.

É possível se tornar fanático por qualquer coisa, desde um time de futebol, a um partido político e sem dúvidas uma religião. Para mim qualquer atitude levada ao extremo gera conseqüências negativas e acho que faz todo sentido combater o excesso, entretanto é impossível negar a boa energia de uma mente religiosa.

Esta semana estive em uma cerimônia religiosa de um matrimônio diferente das convencionais (além de ter sido pela manhã, não houve festa, sequer brinde no final) que exemplifica minha idéia. Independente de o padre ser católico ou de ter sido realizada em uma igreja, todas aquelas pessoas estavam reunidas somente no propósito do bem, na intenção de emanar bons pensamentos de felicidade e união para um casal.

O mesmo se repete em missas de morte, onde as pessoas se reúnem para celebrar a vida de alguém especial que se foi, relembrar com saudade e alegria sua passagem pela terra. Nessas ocasiões, muitas vezes não conhecemos a pessoa que está sentada ao nosso lado, mas todo ambiente é repleto de paz e energia positiva.

Aí me pergunto: quantos são os lugares que conseguem reunir tantas pessoas com focos tão puramente bons? No shopping? No transito? No supermercado? Em festas? Em palestras? Sendo assim, como negar a positividade destes eventos proporcionados por rituais religiosos? Como maldizer a religião seguida de forma amena, sem radicalismos?

Seja lá qual for a escolha, acredito que a religião preenche o coração do ser humano com pensamentos de bondade, , otimismo, gratidão e resultam em momentos de foco de pensamentos muito mais benéficos do que as horas em que se perdem pensando na vida alheia, com inveja, ganância, consumismo ou quaisquer outros aspectos banais e/ou maléficos da vida.

2 comentários:

  1. Que texto maravilhoso, Camila! Você é muito sábia e retada, viu! Estou entretida aqui no seu blog! E virando sua fã! Amei!!!!! Vou ler mais! :***

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    1. Oi Denise,

      Que surpresa boa a sua visita!! =)

      Grata pelos elogios e incentivo com o blog!!! Espero que consiga lhe entreter com os meus textos e sinta-se sempre à vontade para fazer contribuições por aqui, seja pelo envio de textos, comentários...

      Beijo grande!!

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