Antigamente
havia epidemias transmissíveis como a febre amarela, tuberculose, peste negra,
entre outros, que dizimavam populações. Hoje, grande parte dessas doenças está
ou erradicada ou muito bem controlada.
Agora
observamos o fenômeno das doenças crônicas não transmissíveis, que proporcionam
uma sobrevida sofrida, mas que não influenciam nas taxas de mortalidade. Desta
forma, os dados estatísticos confirmam uma maior expectativa de vida da
população em geral, usando este dado como “prova” de que o nível de saúde
melhorou.
O que é
viver? Passar dos 65 anos na condição de precisar fazer quatro sessões de
hemodiálise com cinco horas de duração cada, semanalmente? Somente no setor das
doenças renais crônicas, o sistema único de saúde no Brasil gasta 1,4 bilhões
de reais ao ano. Isso sem falar nos gastos com o câncer, diabetes,
cardiopatias, obesidade e outras patologias que acometem cada vez mais a
população.
Hoje em dia
é difícil encontrar quem não tome pelo menos um tipo de medicamento diariamente.
O ciclo começa desde a adolescência, quando meninas passam a usar pílulas
anticoncepcionais e acostumam-se à idéia de que é natural ingerir medicamentos
para tudo. Passam a tomar remédios para espinhas, cólicas menstruais, dores de
cabeça, queda de cabelo, gastrite, constipação, hormônios para controlar o
funcionamento tireoidiano, além de inúmeros cremes para tentar atenuar os
efeitos de uma má alimentação na pele. Assim, a saga se inicia com “medicamentos
simples”, criando-se um péssimo hábito e um ciclo sem fim.
Quantas
pessoas você conhece que não tomam nenhum tipo de medicamento regularmente?
Melhor dizendo, quantas pessoas você conhece que são capazes de passar um ano
inteiro, ou sequer um semestre, para não dizer um mês, livre de qualquer tipo
de comprimido? Aposto que essa pergunta soa no mínimo surreal para a maioria
das pessoas, entretanto é uma realidade absolutamente possível para quem cuida
da saúde de forma preventiva.
Vivemos na
era do imediatismo, com a internet, tudo ocorre “online” de forma instantânea e
já não se sabe mais respeitar o tempo do corpo humano. Ele precisa de uma
mastigação lenta, sono profundo, alimentação adequada, movimentação (não
somente do volante), ar fresco e outras coisas que viraram quase lenda na vida
de quem reside em grandes centros urbanos.
Os
primeiros sintomas da falta desses fatores são curados de forma rápida através
de pílulas mágicas. Com o tempo eles vão deixando de fazer efeito e vão
surgindo doenças sérias, que não são curadas e que as pessoas simplesmente
aprendem a respeitar e conviver com os seus desconfortos e efeitos colaterais
(das doenças e dos remédios). Seguem a vida, enaltecendo a tecnologia e os
avanços médicos, lidando com situações patológicas, que já estão sendo vistas
quase como biológicas.
Segundo a
mitologia grega, as netas de Apolo (filhas de Asclépio), foram designadas a cuidar
do bem estar da humanidade. Higéia e Panacéia, então, receberam a incumbência
de tratar da saúde e da doença do mundo, respectivamente. Em 377 a.C.,
Hipócrates, o pai da medicina, dizia: “Faz do alimento o seu remédio.” Já em
150 a.C., Galeno introduziu os fármacos na medicina ocidental, dando início aos
tratamentos pelos sintomas e não pelas causas. A partir daí Panacéia vêm
reinando em um mundo que prefere remediar a prevenir. Apesar de fazer parte de
um mundo moderno, eu escolhi seguir as tradições antigas: ser cuidada por
Higéia e seguir os princípios de Hipócrates, e você?
A partir do momento que comecei a ter conhecimento a respeito da medicina ocidental x medina orientar e "Apesar de fazer parte de um mundo moderno, eu escolhi seguir as tradições antigas: ser cuidada por Higéia e seguir os princípios de Hipócrates", como você.
ResponderExcluir"Tô fora" dessa cultura ocidental... Estou preferindo prevenir a remediar. Não quero contribuir para seleção de bactérias resistentes em meu corpo, não.
Minha caçulinha macrô linda, te adoro!! Beijos
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ResponderExcluirEu estava estudando mitologia grega e quando coloquei "Higéia e Panacéia" apareceu "Beijo no padeiro" no google. Terceiro tópico. Que orgulho!!!
Li agora meu comentário de, praticamente, 2 anos atrás... Como mudei! Ainda estou do lado de Higéia e Hipócrates, mas com argumentos muito mais fortes e enraizados. Muito bom, o tempo nos faz crescer.
To aqui rindo do meu comentárioZINHO. Hahaha
Você é responsável por muita mudança boa em mim... Continue com esta sua missão linda na Terra. Ainda vamos ajudar muita gente.
Te amo! Beijos
Priscilla
Oi Pri,
ExcluirVocê me enche de orgulho!! É muito madura e inteligente e impressiona pela pouca idade que tem... Que Deus continue trilhando seu caminho para esta linda trajetória que escolheu na vida: trabalhar em prol da saúde humana!!!
Estamos juntas nessa!!!
Grata pelo apoio e incentivo sempre!!
Te amo!!!
Mil beijos
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