terça-feira, 14 de agosto de 2012

Coragem para mudar!



Foto do Google Imagens

Acabei de receber uma mensagem linda sobre o texto: O papel da família nas sociedades modernas (http://www.beijonopadeiro.com/2009/09/o-papel-da-familia-nas-sociedades.html) e resolvi comentar na forma de post. Larinha, grata pela contribuição!! Adoro as suas ideias e nossos papos sempre...! Como você, muitas outras pessoas tiveram referências às quais divergem hoje em dia, mas isso não é motivo de acomodar-se e não promover mudanças. Espero que seu relato sirva de inspiração para outras pessoas.... =)

Eu gostaria de ter tido uma estrutura familiar diferente!!! Hoje não julgo mais meus pais... Entendo o que passaram e que se me criaram assim é porque foi o máximo q poderiam ter feito!!! Amo meus pais, mas é como se não tivesse tido pais... Como se só tivesse tido irmãos, porque foi assim que eles me criaram... Não sei se por terem sido tão jovens... Estavam os dois na faculdade e antigamente tudo era um ideal, lutavam por uma causa, existia o Comunismo e toda a questão de luta de classes... Meus pais eram ativistas.... Fui criada no movimento, logo não tive uma base familiar com hierarquia.... Não recorro a minha mãe para quase nada, porque sinto como se fosse uma irmã mais nova... Meu pai nem se fala: um eterno sonhador!!!! Por isso não sinto aquele aconchego, aquela porto seguro, aquela segurança quando falo em minha família.... Na verdade sinto falta do que nunca tive!!!! Sinto falta de uma estrutura!!! De limites... Diante disso dou tanto valor a família q agora estou criando e concordo plenamente com suas palavras irmã gêmea!!!! Já havia falado sobre o fato da mulher moderna... Da mulher fora de casa, da rede globo criando nossos filhos e os tornando pessoas com critérios e valores invertidos!!!! Enfim esse tema é tão gostoso e tão vasto q realmente da vontade de ficar o dia todo transcorrendo sobre o assunto....

Como dizia Nietzsche: “Aquilo que não nos mata, só nos fortalece”. Todos nós passamos por adversidades na vida, seja na forma de criação, financeira... A superação dessas adversidades é o que nos faz crescer. Orgulho-me demais das pessoas que mudam as suas realidades. É muito fácil ter certas visões quando temos as referências “exemplares”. Difícil é alguém conseguir olhar pros pais, saber que lhe amam, que lhe criaram da melhor forma que puderam, visando sempre o seu bem e conseguir entender o fato de ser uma pessoa diferente deles.  Na verdade, isso sempre acontecerá em algum aspecto na vida das pessoas. É praticamente impossível que se concorde com absolutamente tudo que os pais ensinam aos seus filhos. É fundamental entender que o problema não está neles e sim na trajetória que se resolve trilhar e que resulta numa visão diferente do mundo. É importante que as pessoas sintam-se orgulhosas ao perceberem que estão se tornando uma versão melhorada da geração anterior. Afinal de contas, o bom filho é aquele que supera o seu pai. Aquele que assimila as coisas boas que esse tinha para lhe passar, mas transgride e vai além às demais.

É muito mais cômodo e fácil discursar que se é de certa forma por causa do modo como foi criado. Isso é aceitar um determinismo de forma pacífica, enxergar falhas e ser inerte em relação a mudanças...

No caso descrito acima, é exatamente isso que não está sendo feito e sim ousando ser diferente. É muito difícil ser só. Correr atrás de valores próprios e ir de encontro à maioria das pessoas demanda muita coragem. Melhor do que assumir um papel de coitado/a é transformar adversidades em ferramentas de transmutação pessoal. Casar-se e estabelecer uma nova família é uma excelente oportunidade de reescrever a própria estória. Alterar aqueles pontos que considerou negativo na educação pessoal e reforçar os positivos. Essa é a grande magia que vêm regendo a evolução do homem na terra. Infelizmente não existe receita de bolo e assim, sempre achando que o que está sendo feito é o melhor, a humanidade segue percorrendo inúmeros caminhos... O mais importante é ser autêntico em relação às metas pessoais, não ter medo de fugir de padrões e mergulhar de cabeça nas próprias crenças.  

Espero que estas ideias sirvam como exemplo a muitas outras pessoas que podem se sentir impotentes, fruto de um meio determinista... Deterministas são os nossos pensamentos: através de nossas atitudes, podemos e devemos perseguir nossos ideais... Seguir nossos corações, nos deixar levar por nossas intuições. O importante é mover-se e ter em mente que: “Quando o discípulo está pronto, o mestre se apresenta”. Nada cai do céu, mas quando fazemos nossa parte, as coisas inevitavelmente começam a acontecer, pois, entramos em sintonia com o universo. 

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