Frequentemente me perguntam o que acho da dieta crudívora e sempre lembro que a maior diferença entre o ser humano e todas as outras espécies animais é que ele é o único que cozinha o seu alimento. Além disso, quem come muita comida crua, em especial frutas, tende a ficar com a cabeça nas nuvens: voando como passarinhos... O fogo, por sua vez, tem o poder de centrar as pessoas, trazê-las para a realidade. Então, se você tem se achado muito disperso, preste atenção à quantidade de crus em sua alimentação em relação às parcelas cozidas. Atenção: existem inúmeros outros fatores que geram desatenção nas pessoas, este é apenas um, bastante comum!
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"Cérebro humano cresceu graças ao ato de cozinhar
Cientistas brasileiras ligam mudança na dieta ao
desenvolvimento cerebral
27 de
outubro de 2012 | O Estado de S.Paulo
Seguir
uma dieta de alimentos crus não é bom para estimular o cérebro. Isso porque os
humanos teriam de passar mais de 9 horas por dia comendo-os para conseguir
energia suficiente para nossos cérebros de tamanho avantajado.
É o que
observou um estudo de duas cientistas brasileiras publicado no site da
Proceedings of the National Academy of Sciences. Foram calculados os custos
energéticos de desenvolver um cérebro ou um corpo maior em primatas e
concluiu-se que o consumo de alimentos cozidos possibilitou aos humanos a
energia para formar o triplo de neurônios em comparação aos grandes macacos.
"Se
você só comesse comida crua, não haveria horas suficientes no dia para
conseguir as calorias necessárias para construir um cérebro tão grande",
diz Suzana Herculano-Houzel, neurocientista da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) e coautora do estudo.
Enquanto
os humanos têm cerca de 86 bilhões de neurônios, os gorilas possuem 33 bilhões
e os chimpanzés, 28 bilhões. Esses neurônios a mais nos dão benefícios, mas
cobram seu preço: enquanto o cérebro humano consome 20% da energia do corpo em
repouso, os dos outros primatas consomem apenas 9%.
A
hipótese de que o consumo de alimentos cozidos turbinou o cérebro dos
ancestrais do homem surgiu no final dos anos 1990, quando o primatólogo Richard
Wrangham, da Universidade Harvard, relacionou a rápida expansão do cérebro dos
Homo erectus, entre 1,6 milhão e 1,8 milhão de anos atrás, ao costume de
aquecer alimentos com uma fogueira, pré-digerindo-os e facilitando a absorção
de calorias.
Em novo
teste dessa hipótese, Suzana e sua aluna Karina Fonseca-Azevedo, hoje no
Instituto Nacional de Neurociência Translacional em São Paulo, decidiram
observar se uma dieta de comida crua limitaria o crescimento máximo do cérebro
ou do corpo de um primata. Contaram os neurônios em dezenas de espécies e
descobriram que o tamanho do cérebro é diretamente ligado ao número de
neurônios, que por sua vez é ligado à quantidade de calorias necessárias para
alimentar esse cérebro.
As
pesquisadoras então calcularam quantas horas por dia seriam necessárias para
obter calorias suficientes de alimentos crus para abastecer o cérebro, de
acordo com a massa corporal de cada espécie. Descobriram que o Homo sapiens
precisaria comer por 9,3 horas; os gorilas, por 8,8; os orangotangos, por 7,8;
e os chimpanzés, por 7,3 horas.
Conforme
Suzana, na vida selvagem os outros primatas não têm como desenvolver cérebros
maiores, a não ser que reduzissem o tamanho de seus corpos. Isso porque eles
não podem ultrapassar o limite de calorias que conseguem consumir em 7 ou 8
horas de alimentação por dia. Já os humanos modernos têm a opção de processar
alimentos crus com ajuda de liquidificadores e adição de outros nutrientes e
proteínas. E também sabem cozinhar.
"Temos
mais neurônios que qualquer outro animal vivo porque o cozimento permitiu essa mudança
qualitativa, esse aumento no tamanho cerebral", diz ela. "Ao
cozinhar, conseguimos ultrapassar o limite de quanto conseguiríamos comer em um
dia."
Para
Wrangham, o estudo brasileiro mostra que "um macaco não poderia ter um
cérebro tão grande quanto o dos humanos enquanto seguir a dieta típica de um
macaco". / AP "
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Essa música é linda!
ResponderExcluirGostei do artigo também.
Muito Obrigada pela visita ao TampopoGourmet.
Vamos trocando ideias!
Abraços
Oi Maíra!! Grata pela colaboração com o Beijo no Padeiro!!! Acabei de publicar sua receita de arroz socado!!! SUCESSO!!! =)
ExcluirLeia o best seller "lugar de médico é na cozinha" (do médico Alberto Peribanez Gonzalez, www.doutoralberto.com), . Cozinhando os alimentos você acaba com os nutrientes e bactérias benéficas. Você eleva o alimento a 100º C , depois tem que esfriar pra comer a 40º C um alimento morto. Após morto, o alimento se torna vulnerável às bactérias e fungos nocivos. Louis Pasteur (o pai da pasteurização, o aquecimento para purificar os alimentos), em seu leito de morte admitiu que estava errado e que são benéficas as bactérias e micro-organismos naturais dos alimentos. Hoje em dia não há escassez de alimentos. Não , o cérebro não vai diminuir. Provavelmente a barriga sim. Achei bem engraçado a parte que você disse "quem come muita comida crua, em especial frutas, tende a ficar com a cabeça nas nuvens: voando como passarinhos... O fogo, por sua vez, tem o poder de centrar as pessoas, trazê-las para a realidade." fala sério
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