Já provei alguns tipos de carne e como peixes e frutos do mar. Entretanto, a textura do seitan é algo deliciosamente especial e fica divino em algumas receitas. Por ser um pouco trabalhoso de preparar (vende pronto, mas a graça é fazer em casa), acabo consumindo o seitan raramente, diria que no máximo umas 3 ou 4 vezes ao ano - depois vou publicar a minha receita aqui, caso alguém tenha interesse em fazer... Ocorre que com tantas especulações, ainda não totalmente conclusivas, sobre os efeitos do glúten na saúde intestinal, não custa ficarmos atentos à ingestão desta proteína, observando se ela provoca alguma sensação diferente em nosso organismo.
Há muito tempo leio bastante sobre o tema, mas ainda não tenho um posicionamento concreto sobre o glúten (como tenho sobre os laticínios, por exemplo). Já até publiquei um material interessante, baseado no livro da Denise Carreiro, que recomendo a leitura para quem fica curioso sobre o tema. Confesso que ainda não consegui identificar nenhum sintoma estranho em mim (que possa ser proveniente da ingestão do glúten) e por isso ainda não considerei a ideia de eliminá-lo de minha dieta, mas consumo com moderação. Entretanto, não posso tirar minha experiência pessoal como parâmetro, pois, em primeiro lugar, sempre consumi cereais integrais e em segundo lugar, a dieta macrobiótica é baseada no consumo dos grãos integrais, em especial o arroz, evitando os farináceos e derivados de uma forma geral. Assim, pães e massas nunca fizeram parte do meu cotidiano
Vocês já devem ter visto que sempre faço pães e publico fotos e receitas, mas ironicamente quase não os consumo, praticamente só quando sai do forno, para provar, porque o cheiro é realmente irresistível. Faço muito pão porque de todas as coisas que já consegui mudar nos hábitos alimentares do meu marido, ainda não consegui cortar o pão do desjejum dele. Sendo assim, melhor que seja um pão caseiro do que um industrializado, com um monte de aditivos e conservantes perigosos. Outra coisa que sempre foi limitada em minha vida é o consumo de massas. Lembro que na casa dos meus pais só era permitido ter massa uma refeição na semana e mesmo assim, muitas vezes era macarrão de arroz (Bifum) - o hábito acabou se perpetuando... Assim, não posso dizer que sou uma referência no assunto glúten. Não é o que acontece com a maioria das pessoas: muitas delas têm algum ingrediente contendo glúten em praticamente todas as refeições e ainda na pior forma: refinado e adicionado de sal refinado, açúcar e conservantes. Não me espanta o crescente número de pessoas intolerantes à proteína: tudo que é demais, sobra!
Meu pensamento é o seguinte: melhor pegar leve do que ter que eliminar de vez, não é mesmo? Afinal de contas, todo mundo merece saborear uma boa comida italiana de vez em quando e tirar o glúten da dieta, realmente acarreta em privações, principalmente na vida social. Outro problema é que quando retiramos algo da dieta, este alimento precisa ser muito bem substituído e tenho percebido que diversas pessoas que decidem eliminar o glúten, substituem alimentos, que são primariamente carboidratos, por proteínas, correndo o risco de exagerar na ingestão proteica, o que não é nada aconselhável. Então, antes de partir para uma medida drástica e radical, aconselho que preste mais atenção à ingestão dos alimentos que contêm glúten, procurando não abusar, dando prioridade aos alimentos integrais sempre e tentando substituí-los por outros do mesmo grupo alimentar e com qualidade nutricional superior (arroz integral, aveia, milho, inhame, mandioca, abóbora, mandioquinha, batata doce...). Isso fará com que sua dieta fique muito mais rica em termos de variedade e qualidade nutricional e reduzirá a exposição excessiva do seu corpo ao glúten. É este exagero que, na maior parte das vezes, que leva à intolerância ou até mesmo à criação de antígenos para combater o "corpo estranho" que penetra no organismo através da dieta e que corpo não reconhece como alimento.
Muito bom!! Por isso que eu amo alimentos de soja, principalmente o AdeS.
ResponderExcluirhttp://pt.wikipedia.org/wiki/AdeS