domingo, 9 de junho de 2013

Em defesa do parto humanizado


Imagem retirada do Google imagens

Em outras ocasiões já falei aqui sobre a minha defesa em relação à humanização do parto. No trailer do documentário: Renascimento do Parto (que estou contando os dias para poder assistir) escutei uma frase que sintetiza grande parte da razão de minha preocupação com o tema: "Qual o futuro de uma humanidade nascida por cesarianas e ocitocina sintética?". Quem acomapanha o blog e sabe da minha ligação com uma forma de viver em harmonia com o universo vai entender bem a profundidade dessa frase para mim.


Não lembro se já comentei por aqui, mas nasci em parto domiciliar, assim como a minha irmã e convivi com o nascimento de primos na mesma circunstância, na casa de minha avó. Assim, a ideia do parto em casa é em minha concepção algo super natural, confortável, seguro e aconchegante. 

Neste final de semana, tive a oportunidade de estar com uma referência no assunto por aqui, a professora de Yoga para Gestantes e Mães e Bebês, Anne Sobota em um workshop maravilhoso incluindo mulheres diversas que atuam em defesa dessa causa. Muito aprendizado e trocas fantásticas! Infelizmente ela não mora mais em Salvador, mas é super atuante no movimento do parto humanizado e acessível através de redes sociais. 
Eu, Anne, Beta, doulas, professoras de ioga, mães e futuras mamães aprimorando conhecimentos sobre a importância do parto natural humanizado - parto ativo! Mulheres: essa luta é nossa!! =)

Fico feliz em ver as proporções e força que o movimento do parto humanizado vem tomando no Brasil. Há uns anos, quando dizia que tinha nascido em casa, as pessoas achavam um espanto (coisa de índio!). Hoje, muita genta escuta a informação com admiração e interesse. Mesmo assim, ainda há muito trabalho pela frente, afinal, trata-se do país campeão mundial em número de cesárias (cerca de 52% dos partos).

O início da vida e a forma como chegamos ao mundo pode ser um diferencial em nossos comportamentos futuros. Sem falar em todos os benefícios cientificamente comprovados, como uma maior predisposição ao aleitamento materno exclusivo e/ou prolongado, além dos benefícios afetivos, como maior vínculo entre mãe e filho, e muito mais!!!

Nasci neste ambiente (minha mãe lecionou um curso preparatório para gestantes durante 17 anos) e me enche de alegria estar vendo uma nova geração tão engajada no tema. Parabéns a todas as mulheres guerreiras que vêm abraçando esta causa, ajudando a mudar paradigmas e a construir um futuro mais humanizado à nossa sociedade!! =)

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Um comentário:

  1. Que bom, Mila! Fico muito feliz de mais pessoas estarem aderindo à causa, é uma luta muito importante. A pior forma de violência é aquela em que a pessoa violentada nem tem noção que foi vítima; hoje, no Brasil, muitas mulheres e bebês são vítimas: as primeias, não podem parir por causa do sistema obstétrico- hospitalar; os segundos, nascem de cesáreas marcadas e desnecessárias. Só com o conhecimento e clareza de pensamento podemos conscientizar os que estão à nossa volta! Que você possa contribuir com muitos nascimentos respeitosos e naturais, como foram os nossos e os de meus filhos! Beijão, Mirella

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